sábado, 12 de novembro de 2011

Olhe de novo... Acho que você não viu tudo.....

Ahhhh que drogaaaa...

Fico puto quando acabo de escrever um texto e vejo que simplesmente não era o que eu queria dizer. Foi o que aconteceu a pouco.

Fica paracendo um monte de besteiras MISTURADAS com um sonífero mortal da falta do que fazer...
Na boa? O pensamento até que é bom, as primeiras frases são até interessantes, mas o meio do texto é uma podridão só. Tão esperado como qualquer outra coisa que qualquer outra pessoa possa escrever.

Essa "bendita" ponderação de escrita que tira os pontos mais relevantes e atordoantes de quem escreve. E vamos combinar que o que excita a leitura é o contraponto ou o ponto exato do que pensamos... O meio termo é tão gostoso quanto água quente com vinagre( porque a comparação? Não faço a mínima)

Bem eu querro escrever mesmo é sobre as pessoas e como elas e eu somos cegas.
Ah sim, escrever sobre os outros é bom demais porque esquecemos o quanto somos pobres e miseráveis para termos algo a escrever sobre nós mesmos.

Um cientista uma vez escreveu que se você ficar umas duas horas em silêncio absoluto e começar a escrever o que simplesmente vem a sua cabeça sem pudores você certamente ficaria apavorado com o que leria.
Partindo desse ponto, imagina o quanto temos a esconder dos outros e de nós mesmos.

Mas não precisamos da pesquisa para saber disso, basta você se pegar pensando em alguém ou avaliando alguém dentro do ônibus.
Quando isso acontece( e acontece com todos), os primeiros instantes são marcados por uma análise frívola de beleza.
Logo após vem a o nosso conceito mais do que conceituado de quem a pessoa é.
Sim, porque como humanos dotados de inteligência superior temos essa capacidade de definir em poucos segundo toda a vida de uma pessoa.

Além do mais temos um senso de moda apurado ao extremo definido pela experiência de nossos guarda-roupas.

Como citei no começo do texto detesto quando minha trajetória de pensamento em um texto ou em um raciocínio muda porque pondero segundo o que as pessoas possam pensar.

Lembro que certa vez estava em uma discussão um tanto filosófica( e isso pode ser chatíssimo) quando ouvi a seguinte definição sobre mim: " Você é da Filosofia da Compaixão". Sabe lá Deus o que é isso(risos)

Na hora até gostei porque o termo soou bonitinho, mas depois que parei para analisar friamente sobre o assunto discutido e sobre a definição colocada senti-me tão deslocado do contexto e tão humilhado pela minha falta de austeridade no assunto que o termo mais adequado no momento para mim seria... BOBO.

Acredito que em cada pessoa existam duas forças dem conflito o tempo todo. Não, não é o bem e o mal. Por favor.
Acho que o conflito no íntimo está mais entre: quem sou e como o meio diz que devo ser.

Olha existe muitas coisas que turvam nossa visão do mundo e de nós mesmos. Quer um exemplo?

Meu signo é virgem e segundo os astros pessoas de signo são inteligentes, prestativas, criticas, perfeccionistas, preocupadss, metódicas, superficiais, interesseiras, cheias de dúvidas, obsessivas, cétiocas, melancólicas, suscetíveis a críticas, frágeis e cheias de manias. .. Ufa!!!
kkkk... Outro dia foi exatamente assim que me defini para uma pessoa e sabe o que é engraçado se não tivesse lido isso a anos atrás e se as pessoas não ficassem dizendo que sou assim eu poderia ser diferente, mas isso já tá tão impreguinado na minha mente que qualquer coisa que eu faça diferente parece que não sou eu...

Vê o perigo?

Às vezes me canso de como as pessoas enxergam a si e aos outros, de como eu enxergo os outros.
Na verdade de como me enxergo.
Cara sou tão filho da puta nessa parte, que fico me julgando tão deslocado das coisas e das pessoas. Na boa, parar de me enxergar como um merdinha é interessante.
E foda-se para o que pensarem sobre essa minha afirmação.(exagerei?)

Hoje em dia as pessoas querem exergar nos outros justamente o que elas acham de si. Outras vezes o que não gostariam de ser.
Na verdade estamos fazendo dos outros um espelho de nós mesmos.

"Se não tenho medo, você também não tem que ter ou tenha medo porque eu não tenho".
"Se eu não choro, não entendo porque você chora ou chore mais do que eu porque assim me sinto melhor".

Outro fato fantástico é que: eu tenho inferno astral e você no máximo passa pelo purgatório.

CHEGA!

Quando vamos passar essa parte?
Quando vamos enxergar de verdade o que somos e o que as pessoas são?
Quando vamos nos desarmar para receber alguém em nossa vida?
Quando vamos para de sabotar nossa felicidade?

Quando vamos olhar o que a pessoa é e não o que eu acredito que ela seja?

Quando vamos ser humanos?

Eu sou sim da Filosofia da Compaixão.
Quero ter compaixão, quero sim chorar e rir ao miesmo tempo.
Quero me emocionar
Só que preciso ter compaixão de mim antes de dá-la ou pensar que alguém precisa.
Quero olhar mais do que roupas, sapatos, jeitos e trejeitos.
Quero ver além das máscaras, das armaduras.
Que sentir além do frio do mármore dos túmulos vazios que nos tornamos.

Quero enxergar nos meus colegas de trabalho algo que nunca vi, quero ver além do sorriso.
Quero enxergar através do olhar.

Quero ser mais simples, mais singelo, mais eu.
Quero tirar a carga dos signos, dos paradoxos, das rotulações, das exigências de cada dia e cada ser.
Quero lavar a alma com soda caústica e tirar todo resquício de tolices.

Eu quero ser livre de mim mesmo.

Às vezes o que precisamos não é analisar, mas simplesmente olhar para o que está na nossa frente.
A pessoa à sua frente não é seu reflexo...
A pessoa à sua frente, às vezes, pode nem ser reflexo dela mesmo.

Olhe mais fundo.
Procure algo que não está no seu check lit e quem sabe você encontrará uma pessoa de verdade?!


Imagem: Gabriela Iturbide

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