domingo, 8 de janeiro de 2012

Libélula

Ela tinha asas.
Asas tão grandes que poderiam abraçar o mundo.

Um dia ela olhou para o horizonte e ao longe avistou raios de luz que lhe eram agradáveis à vista.
Seus olhos reluziam na vontade de saber de onde vinha aquela luz.
E como por instinto, ela quis voar.

Seu coração pulsava, acelerado como nunca sentira antes.
Suas mãos tremiam, borboletas dançavam em seu estômago...
Seus olhos brilhavam cada vez mais, como cristais que refletiam a luz do sol.
Ela avistou ao longe liberdade, liberdade que a convidava a se lançar pura no tudo.

Ela correu, correu com desespero, com esperança  e com saudade de algo que ainda não provara.
Pobre garota.
Ao longe vinham nuvens carregadas e com elas a escuridão começava.
Ventos vindos do norte e do sul traiçoeiramente a chicoteavam.
Ela correu descalça por aquele terreno seco. 
As pedras pareciam lâminas a lhe cortar os pés.
Ela não se incomodava ou desistia, pois à sua frente ainda podia avistar seus raios luminosos.
Ela sorria, chorava de alegria, dor e vontade...

Na sua frente abriu-se um abismo...
Ela correu mais, a fim de pular sobre o abismo.
Ela pulou, abriu seus braços e respirou o mais profundo possível. Ela acreditou!

Pobre garota, seu voo foi desfeito.
Ela caiu, caiu como um pássaro abatido
Pobre garota, suas asas não tinham força contra a tempestade.
Ela caia rápido, cada vez mais ao fundo sem luz...
Seu coração batia mais rápido, seus braços eram gélidos e trêmulos.
Suas pernas dançavam sem chão, cada parte do seu corpo sentia o fim eminente.

Mas ela pensou além, pensou no seu raio de sol e com forças que não eram suas ergueu-se.
Bateu suas asas e voou.
Antes a rapidez e violência da queda, agora a beleza e a magnitude do seu voo.
Ela saiu do abismo e  abriu suas asas para o infinito.
Voou por cima da tempestade, por entre os ventos, além do terreno seco e estéril.
Agora não via só mais raios luminosos, ela voo tão alto que podia avistar o Sol.
Sim, seu encontro agora era com o Sol e não mais com simples raios que dele partiam.

Ela voou, com o mesmo amor, com a mesma vontade, com as mesmas lágrimas só que tinha uma diferença.
Os raios não eram mais suficiente, porque ela alcançara a imensidão dos céu e conhecia a ternura do sol e ele era seu objetivo.
Ela só queria voar!

                                                                              (Barros Constazzpo)

                                                             

4 comentários:

  1. Ah, que coisa mais linda.. Adorei Ricardo! Sabe que amo a sua escrita e ter um texto seu dedicado a mim é uma honra. Obrigada de coração! Fiquei muito feliz. =D

    Beijos!

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  2. Olá, tudo bom?

    Conheci seu blog através do blog da minha amiga Rejane Ferreira e gostei muito! Seus textos são muito bonitos! Parabéns mesmo! Irei voltar maia vezes, estou seguindo e coloquei seu blog lá na lista dos meus favoritos :P Se quiser visitar meu blog sinta-se a vontade!

    Abraços!

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  3. Richard querido!

    Tenho um presente pra vc lá no meu blog. Vá buscar!

    Beijos. =**

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  4. Oi!

    Vim dizer que tenho mais um selo pra vc, passa lá no blog pra pegar, ok?!

    Beijo!

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