domingo, 24 de outubro de 2010

O que é permitido ao ser humano?

É permitido estar na continuação de uma história já sabida.
Por que ao ser humano foi dado o nascer, o crescer e o morrer.

Sinto que nos foi dada a missão de seguir um fluxo.

Quando nasci é certo que nada pesava sobre meus ombros, até então não tinham sido ditadas as regras do mundo dos viventes. Com custo aprendemos todas as minúcias do dom da vida.

Algumas vezes as regras nos vem ao encontro, outras vezes temos que buscá-las.
Outras, ainda,nos assustam e só as percebemos quando já estamos agonizando no erro e no medo. No receio e na culpa.

Não sabemos do que são feitas as coisas, porque as coisas até então simplesmente existiam.
Não sabemos porque as coisas acontecem, porque éramos apenas parte do processo.

Então sabemos do processo, do certo, do errado, do belo, do vergonhoso, do orgulho, do medo...medo...medo.

É certo que na vida somos eternos aprendizes e as lições que dela tiramos nos tornam sábios.
Sábios de nossas tolices.
Porque ao ser humano foi concedido olhar, ouvir, falar,sentir, julgar e agir...agir.

Também pode ocorrer de não entendermos o certo, se é que ele existe, e portanto estamos imersos no erro que não sabíamos que existia.

Porque ao ser humano foi dado o dom de avaliar e escolher e portanto sejam "suas" as decisões.

Então descobrimos o sentimento, o que motiva. A alegria, a tristeza, o carinho, o desafeto, a inveja...o ódio...o amor...a paixão...a razão.

E tudo o que nos ensinaram começa a ganhar forma, a pesar...

Porque ao ser humano foram dadas as lágrimas, fonte real e abundante que externa todos esses sentimentos...língua universal de quem sente.

Tudo nos foi dado e somos miseráveis ao ponto de privar-nos do mundo.Privar-nos do riso, da alegria, do amor.

Ao ser humano foi dado apenas o viver, então o dissecamos em etapas, em fases, em explicações que nem conseguimos entender. E o que deveria ser tão simples tornou-se um monte de vísceras inúteis que nada movem, que nada animam.

E o que nos sobra é lamentar sobre o nada, o nada que nos permitimos.

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